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Os solos brasileiros em geral, principalmente os do Cerrado, são pobres em fósforo e precisam de uma boa dose de adubação fosfatada. No caso de plantios florestais, como o eucalipto, a aplicação de fosfato é fundamental e pode dobrar a produtividade das plantações, passando a produção de madeira de 150m³ para 300m³ na idade de corte. Durante o FertBio 2010, que acontece de 13 a 17 de agosto, na cidade de Guarapari, no Espírito Santo, o pesquisador Nairam de Barros, professor da Universidade Federal de Viçosa, vai falar sobre a eficiência agronômica dos fosfatos de rocha em plantios florestais.
— Pela pobreza natural do nosso solo em fósforo, a experiência tem mostrado que só se consegue produtividades econômicas de florestas de eucalipto com aplicação de boa dose de fósforo. A aplicação de fosfato natural vem em complementação com uma outra fonte mais solúvel de fósforo com objetivo de dar o primeiro arranque de crescimento da planta. Depois dessa aplicação inicial de fosfato solúvel vem o uso de fosfatos naturais que têm uma reatividade mais baixa e liberam o fósforo para a planta por um período mais longo de tempo. Esta aplicação, em geral, vai de seis meses aos sete anos de idade da plantação — explica Barros.
O professor ensina que, depois de anos de estudo e prática, observou-se que o melhor é fazer a aplicação do fosfato de forma localizada, no fundo do suco e em período próximo à época de plantio. O ideal é que esta aplicação seja feita até 40 dias antes, porque os produtores que já aplicam o fosfato com seis meses de antecedência perdem a eficiência do fertilizante. É sempre mais adequado fazer a análise de solo para saber a real necessidade específica de cada área que será plantada, mas ele diz que, em geral, a dose recomendada varia entre 400 e 500 quilos de fósforo por hectare.
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